Anjo meu

Chegar de longe, tão longe…

E esquecer de onde se chega

E esquecer que foi ausência

O tempo em que fomos dois

E querer-te meu poema

Inteiro, inato, completo

Corpo nu que reinvento

Corpo nu que alimento

Poema amor, poema afeto

Ternura guardada em meu peito

Segredo que escondo tão bem...

E nos anseios de hoje

Sem passado, desolados

E nos momentos de desejo

Adiados, sem teus beijos

Descubro meus próprios anseios

Secretos, calados, cheios de pecados

Descubro os teus sonhos mais loucos

que vêm ao encontro dos meus

Chegar de longe, tão longe

e cair nos braços teus

E querer ser teu poema

E repetir toda a cena

E saber-te minha rima

E amar-te, anjo meu...

Francis Faria
Enviado por Francis Faria em 07/06/2007
Reeditado em 09/06/2007
Código do texto: T517739