Nas Tardes .

As palavras cercam-me como pássaro nas tardes ;

Por onde vou , esperando o silêncio de suas reais

compreensões , quando estou suplicando todo amor !

Das noites dos meus sonhos , ao amanhecer tão só .

Deixando tudo , confessando sobre as águas a um toque ;

Auroras que caminham , são as intenções ao pranto à dor .

Procurando-me dia-a dia , de uma prisão fria em lamentos

ao tentar alçar de um abraço ao teu beijo , suspendido meu .

Sentindo o ar , bate em minha face a ardência deste viver ;

Difícil estar , quando acordo sem a chama , desfazendo as

horas em tormento de toda sensação , pecado meu és tu .

Deitado entre as areias com as rochas das águas iguais ?

Contando à mim ? Abandonado , será que vou deixar súplicas ;

Assim ao tempo que vai me ignorando , tratando-me sem as

chamas , lagrimejo minhas verdades , não sei dizer nada à ti !

Amor , rios são estão todos abaixo dos chãos diante de mim .

Agora nesta tarde quente , coloco-me a sonhar diante deste sol !

Será que é passageiro , ou tudo que se deixa pelos sentidos aos

céus , aonde irei se por ti voltei , descobrindo um vazio ao peito ?

Deste meu peito em carne sã e toda minh'alma sangrando ...

Liberte-me da dor , estou procurando pelos meus caminhos a vida ,

deixando a paixão falar , como estou sem ti , quando a cada dia ?

Vou tocando tua face ao esquife frio da saudade , leve-me contigo ?

No caminho da súplica donde estais , donde a encontrarei à Deus .

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 19/03/2015
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