Nas Tardes .
As palavras cercam-me como pássaro nas tardes ;
Por onde vou , esperando o silêncio de suas reais
compreensões , quando estou suplicando todo amor !
Das noites dos meus sonhos , ao amanhecer tão só .
Deixando tudo , confessando sobre as águas a um toque ;
Auroras que caminham , são as intenções ao pranto à dor .
Procurando-me dia-a dia , de uma prisão fria em lamentos
ao tentar alçar de um abraço ao teu beijo , suspendido meu .
Sentindo o ar , bate em minha face a ardência deste viver ;
Difícil estar , quando acordo sem a chama , desfazendo as
horas em tormento de toda sensação , pecado meu és tu .
Deitado entre as areias com as rochas das águas iguais ?
Contando à mim ? Abandonado , será que vou deixar súplicas ;
Assim ao tempo que vai me ignorando , tratando-me sem as
chamas , lagrimejo minhas verdades , não sei dizer nada à ti !
Amor , rios são estão todos abaixo dos chãos diante de mim .
Agora nesta tarde quente , coloco-me a sonhar diante deste sol !
Será que é passageiro , ou tudo que se deixa pelos sentidos aos
céus , aonde irei se por ti voltei , descobrindo um vazio ao peito ?
Deste meu peito em carne sã e toda minh'alma sangrando ...
Liberte-me da dor , estou procurando pelos meus caminhos a vida ,
deixando a paixão falar , como estou sem ti , quando a cada dia ?
Vou tocando tua face ao esquife frio da saudade , leve-me contigo ?
No caminho da súplica donde estais , donde a encontrarei à Deus .