Cultivo
Quando eu pensava ser infértil
O solo de minha vida,
Tu brotaste, corajosa, entre os espinhos.
Como erva benfazeja,
Fechastes todas as feridas abertas
E apagastes todas as feias cicatrizes.
Tua presença, bela flor,
Mostrou-me espantosamente,
Que no meu ser ainda há amor.
Que o sol brilhe a cada dia
Apenas para que eu possa apreciar-te
E vê-la crescendo dentro de mim.
Desejo que dê frutos
E que neste solo, outrora abandonado,
A vida e o amor venham a pulular.