PORTO SEGURO
Navegando no infinito do oceano
Em um frágil barco de papel
Na tentativa de encontrar meu porto seguro
Enfrentando águas turbulentas
Ondas imensas
Sem achar o caminho que busco
Em um barquinho apertado
Imaginário
A esmo
Perdida na imensidão
Do vazio
Velas velhas e molhadas
Estragadas pelo tempo
Sem responderem ao vento
Dificultando o trajeto certo
Que me leve ao lugar correto
Dentro do seu coração que muito quero
O barco todo encharcado
Sem a mínima condição
De conduzir-me a paragem almejada
Agora a chuva cai forte
Tornando-se complexo achar o norte
Repentinamente o sol ressurgi no horizonte
O mar fica calmo
O barco se apruma no rumo
Seguindo sozinho ao real destino
De sentir o meu bem amado
Meu porto seguro
Que tanto procuro.
Elisabete Leite – 16/03/2015