SEM PRINCÍPIO

Quando inesperadamente encontro

uma foto com sua imagem gravada,

de imediato me vem à memória

a última vez que a vi, e quer queira

ou não, tudo...faz parte dos meus sonhos..

E como a fúria de um desmoronamento, as

lembranças começam a cair

sem parar, e daí, o começo de lembranças

até de coisas que não convém.

Nosso primeiro encontro,

a primeira vez...,

até a florzinha que apanhei

para ornamentar aquele vestido

vermelho que sempre gostei.

O seu jeito de dormir,os

sobressaltos em função de

algum sonho perturbador.

Ah! Como tempestade me vem

a lembrança dos beijos que

confundiam a própria madrugada,

e depois, atônita não sabia qual o

caminho tomar.

Em alto e bom som,

o rufar de nossos corações,

revelando estarem desnorteados

em razão de tanto amor...estado

entre nós muito natural,até então...

Muitas primaveras se passaram,

muita noites em claro,

soluços incontrolados, vida vegetativa

e por fim...,morte por asfixia

de um sentimento,que não

teve um princípio, muito menos

um registro na história dos amantes...

Wil
Enviado por Wil em 07/06/2007
Reeditado em 30/06/2007
Código do texto: T517105