ROSAS AO VENTO

E agora? Sem palavras?

O que fazer com tudo isso?

Será apenas um sonho?

Perguntas infundadas, sem respostas!

Descalço caminho sob pedregulhos.

O asfalto quente queima meu pé.

A solidão persegue-me por algum lugar.

Vou-me enquanto é tempo

Jogando rosas ao vento

E tomando um banho de mar

O barulho é baralho jogado.

A música passa ao longe.

Em mim há outra onda

E no mar, há novas perspectivas.

As alternativas deveriam surgir,

Mas o tempo ainda não chegou.

Vou perguntar ao meu amor

Sobre as borboletas e seus ciclos vitais,

Antes de tudo possa acontecer.

As palavras surgem lentas.

O barulho vai para longe.

Nesse pegar ou largar,

Ainda sonho em ser feliz

Pelo menos uma só vez,

Tomando banho de mar

E jogando rosas ao vento

Nesta primavera que se inicia.

Goiânia - GO, 1996.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 14/03/2015
Código do texto: T5169792
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