ROSAS AO VENTO
E agora? Sem palavras?
O que fazer com tudo isso?
Será apenas um sonho?
Perguntas infundadas, sem respostas!
Descalço caminho sob pedregulhos.
O asfalto quente queima meu pé.
A solidão persegue-me por algum lugar.
Vou-me enquanto é tempo
Jogando rosas ao vento
E tomando um banho de mar
O barulho é baralho jogado.
A música passa ao longe.
Em mim há outra onda
E no mar, há novas perspectivas.
As alternativas deveriam surgir,
Mas o tempo ainda não chegou.
Vou perguntar ao meu amor
Sobre as borboletas e seus ciclos vitais,
Antes de tudo possa acontecer.
As palavras surgem lentas.
O barulho vai para longe.
Nesse pegar ou largar,
Ainda sonho em ser feliz
Pelo menos uma só vez,
Tomando banho de mar
E jogando rosas ao vento
Nesta primavera que se inicia.
Goiânia - GO, 1996.