A última vez que a vi
Terminada a aula
Fugiam os jovens
Como o cego que vê um brilho
Do fundo da caverna trevosa.
Eu, não obstante,
Calmamente ajuntava meus compêndios
Ao silêncio das poucas vozes presentes.
Quando ela, repentinamente, apareceu
Petrifiquei-me na carteira
Espreitando o que se presenciava:
Esbelta e bem-arrumada,
Estava pronta para sair com suas amigas.
Elas conversavam à cerca da beleza da moça,
Enquanto eu, de nada conversava:
Alternativamente, empenhava-me em resistir
Às encantadoras cores e formas da menina.
Era uma apreciação proibida, assim como seu amor
Por isso, não apreciava.
Levantei um pouco tímido,
disse: "Oi, Líria!".
Seu último abraço foi um pouco desengonçado,
Um triângulo, ou talvez um pentágono.
Acompanhei-a, acidentalmente, até a saída.
Essa foi a última vez que a vi.