Nem sul, nem norte... 


 


Caprichosamente soltou a alma
   :

 -  ... Amas-me...
 
   E o prelúdio de um beijo
   arrepiou-me o sonho no peito...
   
   ...
   

   Com a boca sedenta de carícias
   e a língua nua de estrelas,
   temi a cegueira de tantos lumes
 
   Simplesmente por saber que existias 
   já me incendiava,
   e vezes demais
   acolhia um suspiro no meio do teu nome
 
   E agora
   todos os sentidos se turvavam,

   todas as palavras me faltavam
   e só restava a morte silênciosa do teu perfume
   subindo-me a árvore do corpo !

 
   [ Ahhh...
   pudesse eu me de.morar nesse gesto... ]
 
   Mas o desejo de nascer na tua boca
 -   via púrpura de mel e utopias   -
   mordia-me as artérias da alma,
   querendo-te
  e  prevendo, 
   de ti, não mais regressar...
  



 
__________ Foi sempre sob terra ardente   
que curvei-me aos teus lábios   
e senti todo horizonte... virar mar.  
 










Tela - Arthur Braginsky
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 13/03/2015
Código do texto: T5168561
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.