ABRI A JANELA DO MEU QUARTO
ABRI A JANELA DO MEU QUARTO
ABRI A JANELA DO MEU QUARTO,
ERA AINDA MANHÃ,
PORQUE EM CIMA DA MESA ESTAVA O CORAÇÃO!
REPAREI NA MOLDURA,
E PASSEI DISCRETO,
ERAM TEMPOS DE HESITAÇÃO!
QUE SEGREDOS GUARDAM MEUS PASSOS?
QUE TRISTEZAS GUIAM MEUS CONFLITOS?
ACABEI POR DESCOBRIR OS MEUS LAÇOS,
PERCORRENDO SEMPRE OS MEUS GRITOS!
CORRI PARA O CANTEIRO DO LUGAR
E RECOLHI UM BOTÃO DE FORMOSURA,
QUE ATENTO COLOQUEI AO LUAR.
ERA NOITE, CEDO TARDA A NOITE,
PORQUE CEDO AMANHECE O DIA!
QUE FADO É A SAUDADE
DA MESA DO MEU QUARTO!
QUE A FELICIDADE É TER-TE À MESA,
E SERVIR-TE ESTE CALDO FARTO
NUM PRATO DE SOBREMESA.
COMO ESTA ROSA FLORIDA EM BOTÃO.
ESTE INSTANTE DE TERNURA E POESIA,
QUE NESTE MOMENTO TE ENTREGO EM MÃO.
SEXTA-FEIRA, 4 DE JULHO DE 2003
Rogério Martins Simões
http://poemasdeamoredor.blogs.sapo.pt