Asas da liberdade (Caris Garcia)

Asas da liberdade

(Caris Garcia)

Asas da liberdade fugidia

Que do lamento e sofreguidão

Amassou a carta de alforria

Virou no avesso o brasão...

Amparo da lágrima sombria

Nem se quer pensou, apenas partiu

Uma pena do céu repousou na calmaria

Anjo que chega pertinho e sussurra...Psiu...

Abrindo as aladas penas deslumbrantes

Derramou um segundo da existência

Céus rosados de verbos e paradigmas gigantes

Pontos finais na metamorfose das reticências

Olhar atônito sobre a graça e o oposto

A beleza do paraíso tardio que ali já esteve

Todos no mesmo lugar, a memória, o rosto...

Ah... Aquele olhar...O impulso reteve...

Os braços, no outro, mergulhados

Como abraços se acomodando no ninho

Esqueceu de tudo, entregou o ombro cansado

Naquele instante entendeu... Nunca esteve sozinho...

Quente o conforto, o alívio divinal

A felicidade iluminada por trombetas

Em cada alma, metade de uma digital...

Fechou o olho, abriu o casulo...Voa livre a borboleta...

O reencontro mais que merecido

A esperança que a vida continua

Alívio ao coração e peito ferido

Mente entregue... Alma nua...

No apelo das lembranças do passado

Nascendo num futuro tão distante

Alicerce das gerações ao lado

As lições da comédia de Dante...

A conversa sem eira nem beira

Os segundos da tua presença requisitada

O valor de cada vírgula, a sílaba tão caseira...

"Posso ouvir teu coração em qualquer dimensão...

Do outro lado do mundo...em qualquer estrada..."

http://carisgarcia.blogspot.com.br/2015/03/asas-da-liberdade-caris-garcia.html

Caris Garcia
Enviado por Caris Garcia em 09/03/2015
Código do texto: T5164150
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