QUANDO A CARNE SE FEZ VERBO
QUANDO A CARNE SE FEZ VERBO
Faltar-me-ia o dia, a aurora, a luz, faltar-me-ia a vida,
O ar raearia, o dia posto fora, o encontro e a despedida,
Por ti até morreria, aqui, agora, não antes da noite finda,
Mas antes te mataria... Por raiva e por uma esmola não me dada ainda.
Entidade divina, premicia do amor celeste, anjo desprendido,
De tudo que me ensina, de um dos céus que vieste, anjo destemido,
Ou é céu ou é inferno tua sina, meio termo não quiseste, anjo reprimido,
Quando brincas, oh menina , de mulher as tuas vestes...Anjo já sofrido.
Enxugo cada canto de seus olhos, valentes guerreiras,
Escuto cada um de teus encantos, traiçoeiras sereias,
Em cada canto de quarto, em cada ponto de luta.
Quando O Filho de Deus quis ser nascido de mulher...
Preparou a terra com sorrisos, lagrimas e que mais vier...
Para que todos fossem filhos de santa... Até mesmo os filhos de puta.
Sérgio Ildefonso 06.03.15