Coração amado...

Junto de ti vi o amor,

A salvação da minha alegria,

Rompendo o meu ardor,

Vivendo como a sinergia.

Olhos frequentes e destros,

Rumando para a nova,

Uma energia aos corretos,

Hoje chagou e renova.

Um verso que veio estribilhar,

Ouvidos frequentes cantar,

O coração quer erguer,

O que melhor suceder.

A razão de viver é a felicidade,

Olha o ocaso pela relatividade,

Um átomo de coragem,

Querendo ver a imagem.

Um coração sempre vem,

Como a correnteza advém.

Fujo dos óculos meio sujos,

Corrompendo o amor de anos,

Volta e meia ele se repete,

Criando alegria inverte.

Quando advém da história,

Nada pode nos abater,

Seguimos o passo estória,

Querendo o coração não reter.

O coração se precipita por alaúde,

Fazendo a couraça estremecer,

Assim a vida não alarde,

Querendo fazer o sol nascer.

Hoje a hora certa se desfaz,

Querendo amar como se foi,

Um que edifica o outro destrói,

Assim o amado também faz.

A misericórdia que nos alcança,

Um apreço que se delimita,

O antigo coração se cansa,

Assim a vida não limita.

O rosto da imaginação redonda face,

Como a estrela que disfarce,

Querendo sair como se alce,

Do coração assim fosse.

Os olhos da incerteza de enevoar,

O coração chama para fazer,

O colo também vem voar,

Longe o coração vem trazer.

Volto para a minha casa,

Levando um pouco de comida,

Como quem o sol se arrasa,

Pedindo pela vida lida.

A ida torna a vida fé,

Como o oposto do verso,

Acredito como foi o Nazaré,

Restou o meu anverso.

Volto para o meu lar,

Querendo o verbo amar,

Enjoei do que quero falar,

Mas a vontade me estranhar.

O relapso vento do norte,

Trouxe para esta casa sorte,

Como o marinheiro disse,

Ele criou o coração e foi-se.

A tempestade de ideias me invadiu,

O cravo do coração e sucumbiu,

Aleluia para o meu coração certo,

Aleluia para o meu discernimento.

Corre pela lacuna do diamante,

Vê a vida borbulhar grande,

O lamento da grande gigante,

Penso um passo por quem ande.

A vida está mais concomitante,

Não paro por entender,

Um coração tão intrigante,

Foi-se o olhar fito prender.

A imaginação se colide,

Como o passado sente,

O futuro mão lide,

Para o que é diferente.

A vida é um rumo sem fim,

O passo gigante de quem vê,

Mas não crê estar afim,

Tudo reluz o que se lê.

Quero movimentar o átrio,

O balbuciar da vida,

O coração é um envio,

Da cereja sem ida.

Coragem para enfrentar,

O coração quer mudar,

Tenho o coração a tentar,

A vida inteira para pros odiar.

Não grito para felicidade,

Grito para o amor durar,

Semente de realidade,

Vejo o verbo silenciar.

Jovem vai-se indo,

Jovem tão indiferente,

Jovem tão infindo,

Cair lá largamente.

Ao encontro você entenda,

A vida é um pergaminho,

Escrito para a contenda,

Passo pássaro volta ao ninho.

Ser para Deus é amar tanto,

O último alicerce humano,

Mesmo o que mostra o ano,

Amor por versos entretanto.

Anderson C. D. de Oliveira – 6 de março de 2015

Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 06/03/2015
Código do texto: T5160323
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