Desfile
Tão tênue, tão breve, tão bom,
esse teu desfile em minha rua,
na tua, mas, onde em parte vivo;
o bom dessa beleza que foge,
é o otimismo que eu cultuo,
fazendo aprazível o teu motivo...
fingindo que tem a ver comigo,
eu consigo ser feliz nesse lapso,
o relapso fado que se dane;
o quadro vívido que breve esvai,
fica na retina que vai contigo,
ansiando que o teu amor me ame...
bem seguro dessa insegurança,
às vezes me mando ver no espelho,
mas, teu vestido vermelho invade;
coração não liga a valores de periferia,
salta a distância no degrau da fantasia,
pois, ele não tem razão, tem vontade...
aí faço nossas a mais belas melodias,
a trilha sonora dessa fantasia é nobre,
que importa se chique, ou, brega o som;
vale é que no fundo te trago comigo,
rebobino a fita, vejo de novo teu desfile,
tão tênue, tão breve e tão bom...