mariposas amam
dentro das retinas lunares
asas suplicantes refletem
delicados espíritos de lendas
fogos-fátuos são os olhos do rio
que invejam os igarapés
onde flores nirvanadas enfeitam
emoções de águas estreladas
e no esplendor da pureza
mariposas se amam entre as ninféias
como harpas tangidas pelo canto da floresta
como a vontade de ser do coração
inusitado destino do amor
curtos ciclos de vidas aladas
que entregues a muitas noites pela alegria
amanhecem com translúcidas asas