ÍNDIA

Não provei o teu gosto silvestre

De frutas doces.

Terra molhada, chuva, rios,

Folhas e flores.

Telúrica deusa natureza,

Fonte de rara beleza.

Não trancei teus cabelos

Longos de noite sem estrelas,

Mulher guerreira,

Índia brasileira!

Tua nudez tão evidente,

Castidade e inocência expressas

Nestes olhos rasgados de serpente,

Marcaram-me para sempre.

Diamante bruto,

Foi meu desejo e o meu pecado,

Declarado, sem nunca tê-la

Tocado!

Tânia Mara Camargo
Enviado por Tânia Mara Camargo em 06/06/2007
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