ÍNDIA
Não provei o teu gosto silvestre
De frutas doces.
Terra molhada, chuva, rios,
Folhas e flores.
Telúrica deusa natureza,
Fonte de rara beleza.
Não trancei teus cabelos
Longos de noite sem estrelas,
Mulher guerreira,
Índia brasileira!
Tua nudez tão evidente,
Castidade e inocência expressas
Nestes olhos rasgados de serpente,
Marcaram-me para sempre.
Diamante bruto,
Foi meu desejo e o meu pecado,
Declarado, sem nunca tê-la
Tocado!