Amor
De repente vieste, tomaste-me em teus braços
E me fizeste feliz; eu precisava de ti, meu amor
Naquele instante, para absolver a dedicação
Que eu te oferecia! De repente me abraçaste
E a alegria meu coração simplesmente tomou.
Vieste de repente... era aquele o momento
Para arrancar-me o pensamento de te ver
Em outros braços. Na rotina da vida, na vivência
Aparente eu não queria viver, eu queria apenas
Te amar e em ti me perder.
De repente vieste... o dia não havia chegado ao fim
Acabaste com a minha aflição aplacando a chama
Que incendiava meu coração! Apenas teus olhos apreciavam
O fogo que em mim ardia e em minha alma prevalecia
A doce ternura que aos poucos me consumia.
De repente vieste...provaste da culpa fascinante e inocente
Que existia entre nós dois. Na devassidão do querer
Eu percebia o amor que me fazia sofrer. Depois, na lassidão,
Que a ti me entreguei viramos fogo e paixão.
Viste de repente... antes que o adeus aparecesse e me tornasse
Um amargurado, entranhasse eloqüente entre a gente
E, distanciasse da caricia, antes que a penúria irreverente
Invadisse a alma da gente, outra vez só te amar eu queria.