Jazas .

Como as chuvas de pratas vieram ao meu encontro ?

Coloquei a suspirar o fel da vida em teu mel do amor ,

rente aos chãos que me cobres com teu corpo desnudo !

Com o empolgarem d'almas , em sacrifícios dos hidrargírios .

Entre as veias que se espelham e deixam os exclamarem

ouvirem o dizerem de quantos anos precisam para estarem ?

Tendo teu ser , ao meu elo adormecido na noite que deita-se ;

Declamo teu nome , na sombra da lua que se põe aos dias ...

Fascinam os céus , em cores réus , do rubro ardente sabores ?

Em paixões ferventes do cobre venenoso que correm pelos ares !

Estando a perfurarem nossos corpos em delírios líquidos em crus .

Chamas das vidas , presenças dos lençóis de linhos trazidos das

noites de ventos , em furacões que teimam ao retirarem nossos

desejos , ao verem os desesperos de estarem unidos em jazas !

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 02/03/2015
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