Por vós que estarás , do indolor cruel ?

Quem me deveis , distância o pêndulo ?

Por vós que estarás , do indolor ríspido ?

Que lhe torna , tão tempestuoso enganares ,

E floresce a vez , desta cobrança limitada .

Outorga o pesar , se tão tanto à perspicaz ,

Vestes de roupagem do encanto teu , perdoaras ,

Fria tua razão ,acobardado do ventre teu ,

Deixe-me de tantas ansiedades sinistradas .

Entorno de tua mão , que já perfurada , na calva ,

Protelando-me , teu ego , ó lua , covarde minha ,

Viestes úmido e meticuloso , ó pranto meu .

Enlaces de tuas perversidades , em desenhos nossos ,

Contendo tuas ostentações , de vícios que me tens ?

Súplica do grito meu , de gosto silvestre do limo .

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 02/03/2015
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