Por vós que estarás , do indolor cruel ?
Quem me deveis , distância o pêndulo ?
Por vós que estarás , do indolor ríspido ?
Que lhe torna , tão tempestuoso enganares ,
E floresce a vez , desta cobrança limitada .
Outorga o pesar , se tão tanto à perspicaz ,
Vestes de roupagem do encanto teu , perdoaras ,
Fria tua razão ,acobardado do ventre teu ,
Deixe-me de tantas ansiedades sinistradas .
Entorno de tua mão , que já perfurada , na calva ,
Protelando-me , teu ego , ó lua , covarde minha ,
Viestes úmido e meticuloso , ó pranto meu .
Enlaces de tuas perversidades , em desenhos nossos ,
Contendo tuas ostentações , de vícios que me tens ?
Súplica do grito meu , de gosto silvestre do limo .