Puxa o Freio
Puxa o Freio
Vem cá, mulato, que eu não posso pretender
Pagar o pato por um troço que não fiz.
Tu vais embora sem querer dizer porquê
E sem ligar se eu vou parar de ser feliz.
Vê se te manca, puxa o freio pra valer.
Não bota banca porque isso não condiz
Com essa postura que é fácil perceber:
De bem com a vida como sempre eu te quis.
Quando estavas naquela de horror...
Não leva a mal se te lembro disso assim.
É que eu sei que vou sofrer, eu vou,
Se você for se separar de mim.
Rio, 31/01/1977