BEIJE-ME


Será romantismo quando não se paga
Um carinho assim, sentindo sensações
Quase inesquecíveis do ser mesmo ilusão?
Beije-me como aconteceu na primeira vez.
Falta de tanto tempo sem excitar a criatura.

Não nos incomodou o suor da caminhada,
Na manhã ensolarada sem outrem aparecer.
Pois dizia livre no tempo sem medo algum.
As visitas começaram falando pensar só em...
Você na solidão do habitat iludindo sem piedade.

Fica-se mais ou menos sabendo situação.
Um errante, brâmane, talvez mais um sem teto,
Pegando o melhor filé aparecido na hora da fome.
Satisfação grande demonstrada pelo sabor da carne
Limpa muito bem tratada com se diz atualmente Friboi.
Foram surgindo verdades terríveis na entrega da chave.

Proibição comparecer ao local, pois não se considera.
Desengano pela demonstração de fino trato que,
Nem existe, pois tudo é inverdade enquanto amante.
Pergunta-se que queres tu de mim? Se tudo segue
Sem notícias de um lado e do outro pela abstração.

Palavras sagradas se impõem como, gratidão,
Respeito e consideração na doce imaginação.
Como haver, se os valores desapareceram do meio.
Beije-me mesmo assim, pois talvez seja a última vez,
De um romance que termina sem jamais começar.
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 01/03/2015
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