SEM DEVERES

Eu vim do horizonte,

Habitei o infinito do arco-íris!

Contemplei borboletas felizes

pousando em nuvens

que lhe emprestam o celeste azul.

Viajei pela eternidade

onde não existe senões ou porquês,

apenas a vontade

de ser brisa ou vendaval...

Bonança de sussurros depois da tempestade

ou temporal constante, delírios em orgasmos rimados.

Quero dar-me direitos , sem deveres,

Sem cobrancas que me cortam as asas ...

Quero, em longos voos, alcançar luas, estrelas...

Pousar meu desejo nos lábios de um anjo,

trocando fluidos de nossas inspirações.

Quero (esse querer invade-me o ser)

Seguir viagem pela estação das flores,

Desvendar segredos dos velados amores...

Espantar meus medos...

Beijar a fantasia e chegar a um destino

Que ainda não conheço...

Quem sabe, numa poesia, o recomeço. ..