Espera...
Nesta espera, só ouço teus passos
Ecoando pelo silêncio de minh’alma.
Deito-me sobre a solidão,
Encontro tantos vazios...
A melodia que embalou antigos sonhos,
Hoje, emudece a agonia da espera.
Mais uma lágrima tremula saudade...
Pelo descompasso desta paixão infinda,
A cada noite amanhecem dúvidas, renovam-se esperanças...
Calando minha história, na mansuetude da tua voz.
Na alforria dos meus devaneios,
Surpreendo em teu olhar confidências e sedução,
E me entrego aos teus desejos
Na sobriedade desta ilusão,
Degustando lentamente o vinho da saudade.
Depois, mergulho em reticências murmurejantes.
Sei que jamais virás...
Mas... para sempre viverás em meus sonhos...
E nunca...
Nunca saberás quanto de ti existe em mim.
Sandra
28/09/05