DESPERTAR...
Maria Luiza Bonini
Os dissonantes ruídos das incertezas
Despertaram, dos meus sonhos, os mais ternos
E os anseios que cultivava, de um amor eterno
Dissiparam-se nos ventos frios da tristeza
Um silêncio soturno invadiu aquele espaço
Lugar sagrado, onde tudo em nós se consumia
Tornando-nos unos, em inexplicável extasia
Entorpecidos na acolhida suave de um regaço
Tentei fugir das impiedosas nuvens negras
Que, aquele nosso céu azul, escureciam
Sóis e luas, por inconformados, nos seguiram
Relutei em transgredir todas as regras
Vencida, desdisse ao sentimento, que jazia
Do amor que ainda persiste, à nossa revelia
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SP.11.02.2015