Estranha forma de morrer

Entre as sombras de minha alma

guardo os mais ternos segredos

e eu conto com os meus dedos

todos meus amores desfeitos.

É tanta a minha carne estremecida

sendo o meu corpo feito um coração

todas as lágrimas em sangue fluíam

toda sintonia nivelada pelo chão.

Eu fui expulso de dentro de mim

gota a gota por lágrimas traiçoeiras

espalhadas em misterioso jardim

lançado por minha alma sorrateira.

Como um selvagem em noite indecente

despi, meu corpo na flor do meu encanto

desespero-me e verto-me em prantos

na mais estranha morte que eu já vi.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 24/02/2015
Reeditado em 25/02/2015
Código do texto: T5149040
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