Estranha forma de morrer
Entre as sombras de minha alma
guardo os mais ternos segredos
e eu conto com os meus dedos
todos meus amores desfeitos.
É tanta a minha carne estremecida
sendo o meu corpo feito um coração
todas as lágrimas em sangue fluíam
toda sintonia nivelada pelo chão.
Eu fui expulso de dentro de mim
gota a gota por lágrimas traiçoeiras
espalhadas em misterioso jardim
lançado por minha alma sorrateira.
Como um selvagem em noite indecente
despi, meu corpo na flor do meu encanto
desespero-me e verto-me em prantos
na mais estranha morte que eu já vi.