Amor de Minha Alma

Parte I

Quisera eu ter o poder de te esquecer

Quisera eu o poder de em palavras sujas te enlouquecer

Quisera eu confabulando com o espelho pedindo apelo,

que seu semblante reflita a angustia conhecida apenas pelo travesseiro.

Quisera!

Quisera!

Quero por um segundo não ter a certeza que me amas por inteiro

Ou, melhor dizendo

Que outros também não tenham essa certeza, pois assim diminuiria a confessada tua fraqueza

Quero dizer ao mundo que aquele que se nega a mim, ainda me faz sorrir

Pois guardo no peito a certeza de vivê-lo.

Parte II - (Loucura)

Queria poder descrever essa sensação estranha em meu organismo

Sensação que transmuta e implora os gemidos

Dura coisa essa não estar perto e saber que estamos ligados ao umbigo

Mente maldita! Deixe-me em paz!

Estou surtando e aproveito o ensejo para cumprir obscuros desejos

Vendo-me no poço, virei o rosto, perdi o equilíbrio e sorri ao sarcasmo lírico.

Parte III – (Ele)

Queria te dizer que os dias me consumiram.

Enfim, o que era omitido, aos tímpanos foi espalhado pela fumaça da fogueira com clareza.

Todos ouviram

Pois trago no peito a beleza que me inspira,

E entre quatro paredes, me deito com a menina

Que me sorrindo traz no olhar refletido o endosso de minha covardia, denominada fraqueza.

Já que não eu, que assim seja.

..

*de algum momento de 2012

Sandra Frietha
Enviado por Sandra Frietha em 23/02/2015
Reeditado em 24/02/2015
Código do texto: T5147983
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