Sei...já não há tempo...
De ouvir a voz do vento.
Das palavras caladas.
De lembrar do ontem
e sonhar com o amanhã.
De estancar a seiva dos
galhos podados que já não
brotam no cio árido com 
sementes secas,
sem noites de orvalho...
De esticar  o fio que 
segura o pêndulo levando
momentos em apelos mudos...
Ha se pudesse.!.. cinzelava
o amor nas chamas para que
ao escurecer troxesse a magia
da eternidade...
Mas o amor entra...me olha
encosta em mim...me engana
e leva-me a dançar...
Nos braços do silêncio.