Mito das Almas Gêmeas

Das areias do tempo, nasceram dois belos diamantes

Metades separadas de uma joia jamais criada antes

Com brilho escondido por camadas a serem lapidadas

Pela vida, vento e pelo percurso de suas estradas.

Inseridos em regiões distantes, quase opostas

Contaminados pela sede de sabedoria e de respostas

Incomodados por uma persistente sensação de vazio

Encarando cada passo como um novo desafio.

Incessantemente atraídos por um ímã invisível

Uma sensação latente , absolutamente inexprimível

Superando paixões instantâneas e prazeres fugazes

Procurando setas invisíveis ou etéreos cartazes.

Olhares permanentemente atentos em meio a multidão

Sem saber o que pesquisar com a limitada visão

Talvez uma perfume, uma sensação ou mesmo uma voz

Algo intenso, profundo e indescritivelmente feroz.

Uma busca no escuro, sem qualquer pista clara

Por alguma coisa única e extremamente rara

Com a certeza de não ter dúvidas quando encontrar

Mesmo sem medir ou testar as duas partes irão se encaixar.

Sem espaços, brechas, frestas ou hiatos

singulares, além e aquém de razões ou fatos

Revivendo o mito ao qual foram destinados

O Amor, feito dos amantes novamente unificados.

Ello
Enviado por Ello em 18/02/2015
Código do texto: T5141590
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