Juramento...

O meu rosto.

O nosso porta-retrato.

Na porta do quarto...

Em fim,sós.

E o que somos nós...

Sem nos desatarmos?

Sem nos amarrarmos

Nos sonhos um do outro?

Somos pouco,quase nada.

Pois nos completamos...

Bem no meio da estrada,atropelada

De nós.

Atropelamos,para salvar-nos.

Cuidamos da ferida exposta

Pequena amostra do que somos.

O seu rosto.

O nosso amor ao quadrado.

Multiplicado por todas...

As luas,que juramos.

Por todas as dores

Que recolheremos

Um do outro.

Por todo sorriso "santo"

Inebriado do meu pranto

Que bebes-te calado.

Ninguém me vê,só você.

Ninguém me arde,só você.

Niguém me cura,só você.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 05/06/2007
Reeditado em 05/06/2007
Código do texto: T514110
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