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SIDERAL OLHAR
 


Oh moça d’olhos tão claros
como as noites de luar,
tu tens os faróis mais raros
que se me casam no olhar.
 

Teu luzeiro me faz ver
um cisco por entre panos.
Musa minha, vais mexer,
bulir com meus desenganos?
 

São tantas cintilações
no teu olhar sideral,
que os lumes viram canções
no teu clarão musical.
 

Tu me alumias, sem par,
com esses teus olhos claros
como as noites de luar,
oh moça d’olhos tão raros!
 

Fort., 17/02/2015.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 17/02/2015
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