Noite Zíngara!
Poesia de amor cigano.

É de noite amada minha,
Quando eu mais sinto a tua falta,
Longe das obrigações,
Meu pensamento voa rápido
E trata de encontrar-te
Buscando-te na imaginação...

Ah...!
Se eu pudesse ao menos ver-te!
Tocar a tua pele branca e alva...
E por ela roubar,
Com a elegância de um Andaluz,
O calor do teu corpo desnudo
Em quanto dormes no veludo,
Placidamente no teu leito de luz...

Sim!
Eu  te roubaria tantas coisas tuas
Que me fazem falta...

Sabe,
Quando o meu coração sente a tua falta
E tu não estás,
Quisera tomar dos teus cabelos negros
E compridos,
E roubar os olores femininos
Que nascem deles,
Deslizando-os em minha pele
Sedenta de ti Mulher...

Em silêncio,
Antes que este sonho se esfume,
Embriago-me da essência
Que exalam dos teus perfumes
Onde o desejo nasce e abunda
A fonte fresca que alumbra
Os segredos,
De tuas águas mais profundas.

Talvez, nestes momentos,
A inspiração
Faça fluir meus sentimentos,
Através dos meus poros abertos
E da minha respiração,
Criando versos de baluarte,
Como uma cantiga
Que se canta baixinho,
Mas tão baixinho,
Para não despertar-te!

E assim, contemplando o teu rosto
Em total proteção
Seguindo os contornos
Exuberantes dos teus lábios
Abençoar teus olhinhos fechados
E ouvir com tenaz paixão,
A vibração do teu amor,
Pulsando desde o teu coração.

Dorme amor mio,
Porque eu velarei o teu sono
Dentro do meu sonho;

E assim,
Preservar nosso pacto
Como sempre tem estado
Nossas juras e atos!

Por ti, meu amor foi criado!

Ragazzo