Lascívia

Osso exposto na carne gorda, suada, lasciva...

num gemido de dor e êxtase; pueril? Não!

Busca constante da chama, sem pudor algum,

corrompida pela dor, aferroada pela imoralidade.

Ah!_ imoralidade serviçal da besta do desejo...

parturiente impudica do soberano dos sentidos.

Corruptor vil, esconde a sua face demoníaca

num rosto angelical. Carne e osso, guardião feroz,

pandora de relíquias fictícias, amoral! Nutre o corpo

no mel das impurezas, vomitadas do seu ventre.

Acredita, a sua força manipuladora não me pega mais,

aprendi a me livrar da sua escravidão..., dama maldita,

detentora dos meus ossos e da minha carne corrompida,

escrita numa poesia, hipócrita! Talvez!? Não sei!

Artéria pulsante, jarra de hidromel e cicuta,

descanso poético do vendaval e da brisa!

Detentora dos meus gemidos ofegantes ... Lascívia!