Desespero

Carmim é o véu que cobre meu olho

sangue espúrio de caminhos malditos

é vida a dor da morte que eu escolho

a morte é luz da vida dos teus escritos .

A arvore da morte no palco do mundo

olhos que me olham um olhar profundo

chuva de sangue eu mergulho nas trevas

Deus mostre-me a luz, eu caminho às cegas.

Quero deitar-me na luz deste ninho lascivo

ver no universo o lar com meu dom sensitivo

onde serpentes invocam com a voz da loucura

desejos de olhos vermelhos que a luz procura.

Beije meus olhos que na luz irradias

vista-me de prata sonhos transparentes

lava-me o corpo em mar de agonias

deixe-me ao sol para que eu morra lentamente.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 09/02/2015
Reeditado em 12/02/2015
Código do texto: T5131666
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