Prantos Impacientes .
Sai a procurar-te na tempestade , não a encontrei amor ?
Fogo selvagem , torrente concreta , alma ferida do calor
no frio dissuasivo da realeza dos teus lábios sobre meus
prantos impacientes , passos dados sem olhar aos céus .
Parada do olhar , um dizer aflito aos gritos do teu nome a
encontrar-te , verão frio da neve sincera com o saber da
vida , ao conterem seus sabores poentes , acalma-me só !
Aos lados estou , cintilando teu nome em cantos e recantos .
Não vou além do lago raso , aos pés secos rente as ilusões
vendendo toda minha aurora , sem olhar-te , caminhe para
mim , sobre os encontros que estancam todas as primaveras .
Dilúvio sem fins ! Águas secas deste amor ao perceber teus
caminhos , ofuscando meu olhar nas gotas de cinzas sinceras .
Apaga-se a vela , acenda a luz , corpos molhados de prazeres .