Vestes do Tempo.
Com as vestes do Tempo,
Confeccionei trapos do mundo, mortalhas,
Vesti lençóis brancos e amarelados,
Sorri paixões das damas coloridas,
Rezei nas catedrais dos pecados carnais,
Dormi nas alcovas do cais entre amores e
Donzelas frescas, luzes da ribalta e castiçais.
Na noite, bebi as insônias das ardências,
Fiz poemas, letras em debrum, rimas,
Misturei odores de lírios, sobre águas e sais
Dos deuses imaginários do pecado.