Prisioneiro .
Tanto pensar , sem pensar em tanto eu sei enfim ?
Me amarro com suas curvas , ao doce pêssego na
folha cinza , caindo entre o escarlate jorrante das
minhas veias , ao escaparem no ardor , sozinho estou !
Prisoneiro pela asa machucada , acalma-me rente o sol
ficando a esperar os amanhãs aquecidos , com carinhos .
Entre meu peito , castigando o néctar brando e sereno na
soltura dos sabores , entre dois lábios a ficarem cúmplices .
Pago o preço de viver , sem a prata dos enfeite ao teu
coração fiel , sintonia da cadeia em ilusões sem fins ao
condenado destino , desenho meus prantos em tu'alma .
Voo sem rumo , mais adentrando o resto da vida ao proceder
suas auroras , pelas entregas dos meus dizeres que vem por
ficarem a sós contigo , por um deslize amarrado a tua sombra .