Nada sei de ti
Eu vi teus olhos,
dispersos na água do mar.
Eram peixes.
Quis alimentar a alma,
mas a fome de amor era
intensa e me perdi
entre os desejos da carne.
O tempo ruiu minhas defesas
e no fluxo das águas
tu partiste de mim.
Hoje nada sei de
ti e o que ficou em
mim são retalhos de
uma colcha antiga,
feita de sentimentos.
De quando em quando
cubro-me com ela.
Mesmo assim, ainda sinto
frio e penso no calor
do teu corpo.