Ribaltas

Ah, que belo sorriso

Desperto da tez,

Lembra-me as Ribaltas

De Chaplin

Quando da flor desponta

Prata, azul céu

De passear, de lamentar.

O lábio beija,

A mão acolhe

A lágrima que sangrou

Até o relicário

D’onde pulsa, fecunda

Oh, poesia.

O olhar retrata

A nudez da voz,

Silêncio,

Ah, velha máquina

De escrever.

03/02/2015

Porto Alegre - RS