Amo
Sinto um acalanto sagrado
Nesse desejo incontido
Rasga-me por dentro todos os sentimentos
Num drama de afago e fogo
Lento gosto o amargo tosco ensejo
Uma brisa suave
Em morno mar
Cabe-me à veste
Tolhida e sem amigos
Revertida num longo vestido de seda
Sem acessórios íntimos,
Choro compulsivamente
Sinto tanto medo?
Como amar com dor?
Se esse amor, nem me chama?
Diana Balis, Rio de Janeiro, 31/01/2015.