AZEITONA
(Olivia é um nome de origem espanhola,
derivado do latim oliva, que quer dizer
literalmente “azeitona”.)
Margaridas e Hortênsias,
Rosas e Angélicas,
Iris a mais tímida,
teus olhas nos olhos dela.
Em um jardim eu te vejo,
beijando todas as flores.
Uma Rosa vermelha
queimando de amores.
Ai quem me dera,
ser eu uma flor igual a elas.
Mas o que sou?
Sou fruto, eu não sou flor.
Já fui cobiçada pelos gregos, na Grécia,
e venerada por povos diversos.
Tenho força e vida, óleo divino
que ilumina a noite e suaviza feridas.
Já fui personagem de uma comédia,
Noite dos Reis - triangulo amoroso confuso e complexo.
Duque Orsino apaixonou-se pela bela Olivia,
mas a donzela outro desposou, confundindo o amor.
Amores não correspondidos, afetos impossíveis.
Foi Shakespeare quem impões carma ao nome?
Não importa. Não interessa.
Erico Veríssimo atrelou o nome a sofrimento, desamor.
Azeitona, sinônimo Olivia.
Antônimo, amor correspondido, retribuído?
Embora o fruto
tenha imenso valor,
no pólen das flores
é que tem beija-flor.
Abelhas inquietas
buscam o néctar doce do amor
nas flores que tu cobiças
com tanto ardor.
Quisera eu ser uma Camélia,
cativar-te com meu frescor,
prender-te nas minhas pétalas
e te dar meu amor.