Ilusão
Ah, quando aquele sol
Se põe, minha dor entrega-se,
O vagar desperta, o divagar sonha,
Dedos mãos, ilhas mares.
Ah, quando aquela lua
Surgi-se, meu pranto encanta-se,
O estro desponta, a inspiração encena,
Lábios vozes, praias marés.
Pelo eco doce utopia
Do devaneio, do encontro
Das águas fluindo do outrem
De xale carmim, do resto da noite
Oh, madrigal.
Para folha desprovida
Linhas de costura,
Para pele desnudada
Versos de poesia nua.
30/01/2013
Porto Alegre - RS