Vim-te na rua a passar

Naquelas horas vespertinas te vim a passar

Estavas tão bonita, beldade sem contraste

Te segui, pedi-te para te acompanhar

Não disseste sim ou não apenas gracejaste

Fiquei perplexo num sim e um não de duvidar

Ergui o peito, com ar de um afoite, talvez notaste

Consegui! Sim, consegui! Parecia que estava a sonhar

Tanta felicidade que encravei a bandeira no haste.

Quis saber se estavas bem, disseste que sim

Tivemos uma conversa meio efémera, querubim

Efémera porque já tinha chegado à casa

Ai de mim, não será dessa vez que a ti me liberto.

Regressei cabisbaixo como ave que quebrou a asa

Oh, essa coisa de vivermos perto tão perto.

Marllon Neves

Marllon Neves Langa
Enviado por Marllon Neves Langa em 30/01/2015
Código do texto: T5120268
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