Pó do meu Coração
À tarde de ontem foi caindo
Detrás de mim, as estrelas.
Molhadas dormiam nos olhos
Da noite de cios e ossos
As folhagens eram alturas
Quebrando nas copas silenciosas,
Já sou manhã sem rumo e vento
Um relógio no criado mudo
Observando, observando o frio.
Despedido da pele e sonhos
Amanhã outros verões
Outras noites invernos
Um par de chinelos,
O pó do meu coração.
Raí nonato.