Sem estarem aos Feitiços .
Nestas saudades os rios secam de tantos alvoreceres fiéis ...
Sendo as madrugadas culpadas por tantos desejos envolventes !
Crivam nossos peitos aos sóis com prazeres entre as nuvens
que jorram suas águas em raios que cobrem os oceanos azuis .
Minhas mãos correm suas curvas , pelos desejos de amar ,
entre os desfiladeiros que contém nossos corpos beirando .
Desfilando os lábios sobre o mel do suor contido , vaidade !
Sendo cúmplice da su'alma que arde , rendo-me por ser réu .
Fogo queima a água , nas labaredas dos lábios , será verdade ?
Sim ! A vida não está nos olhos , fascinam os elementos que vem .
O que acha eu sendo cúmplice e réu , acorrenta-me desta culpa .
O que é não sei dizer ? O que vem eu entendo o que contém ,
do teu coração arde o sangue nas secas das minhas veias com
agonias , sem estarem aos feitiços aos desenrolarem deste prazer .