Sem estarem aos Feitiços .

Nestas saudades os rios secam de tantos alvoreceres fiéis ...

Sendo as madrugadas culpadas por tantos desejos envolventes !

Crivam nossos peitos aos sóis com prazeres entre as nuvens

que jorram suas águas em raios que cobrem os oceanos azuis .

Minhas mãos correm suas curvas , pelos desejos de amar ,

entre os desfiladeiros que contém nossos corpos beirando .

Desfilando os lábios sobre o mel do suor contido , vaidade !

Sendo cúmplice da su'alma que arde , rendo-me por ser réu .

Fogo queima a água , nas labaredas dos lábios , será verdade ?

Sim ! A vida não está nos olhos , fascinam os elementos que vem .

O que acha eu sendo cúmplice e réu , acorrenta-me desta culpa .

O que é não sei dizer ? O que vem eu entendo o que contém ,

do teu coração arde o sangue nas secas das minhas veias com

agonias , sem estarem aos feitiços aos desenrolarem deste prazer .

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 30/01/2015
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