Lago .

Do meu quarto vazio , de minhas certezas , chama-me !

Ouço-te na serenata dos rouxinóis aos delírios de uma

ilusão , pelo tormento de minha inspiração por intervalos .

Aos toques de tuas mãos , sobre meu corpo a lagrimejar .

Ah Deus estando ao lago , olhando teu rosto à fascinar .

Porque de mim , se tudo esteva em ti , no extenso olhar .

Eu jamais serei infiel , esteja onde estiver meu amor ...

Tanto silêncio , tenho a revelar em meus dias de verão .

Por quantas horas estarei , se os segundos não pertencem !

Traga-me as correntezas de tua pureza leve-me , além de ti .

Por simples dias , o outono se expira sem ter sua primavera .

Solidifique minh'alma ao frio de tu'alma ao cálido tormento .

Não alcanço tuas mãos aos meus lábios meu amor , vens !

Lago escuro , águas incertas inspirações dos meus prantos .

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 29/01/2015
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