Lago .
Do meu quarto vazio , de minhas certezas , chama-me !
Ouço-te na serenata dos rouxinóis aos delírios de uma
ilusão , pelo tormento de minha inspiração por intervalos .
Aos toques de tuas mãos , sobre meu corpo a lagrimejar .
Ah Deus estando ao lago , olhando teu rosto à fascinar .
Porque de mim , se tudo esteva em ti , no extenso olhar .
Eu jamais serei infiel , esteja onde estiver meu amor ...
Tanto silêncio , tenho a revelar em meus dias de verão .
Por quantas horas estarei , se os segundos não pertencem !
Traga-me as correntezas de tua pureza leve-me , além de ti .
Por simples dias , o outono se expira sem ter sua primavera .
Solidifique minh'alma ao frio de tu'alma ao cálido tormento .
Não alcanço tuas mãos aos meus lábios meu amor , vens !
Lago escuro , águas incertas inspirações dos meus prantos .