Pouso
Suavemente, feito sutil borboleta
Seus olhos pousam em mim
Percorrendo minha pele
Como se uma flor eu fosse.
Num misto de ternura e fetiche
Esses olhos de azeviche
Desnudam-me o corpo e a alma.
São duas contas da noite
Que em etéreos açoite
Rendem-me nesse luzir.
Esses olhinhos brilhantes
Puros, ternos, diamantes
Acendem as ilusões.
Leivos sentires de arrepios,
Lembranças, sonhos, desafios
Quando pousam sobre mim...