Amor, sexo e procriação
O amor apesar de substantivo
Pede complemento
E o sexo o complementa perfeitamente.
Na verdade o amor e o sexo
É uma mistura heterogênea.
Porém, às vezes, o sexo fere a natureza
Ignorando o amor.
Assim o divórcio é o seu maior aliado
No mundo contemporâneo.
No sexo educado fica abrigado o sexo
Domesticado eternamente,
Este dá o entendimento de estar
O referido cansado
Preso na rotina, entediado
E fracassado
O que se percebe é uma cegueira
Que a ambos domina
O amor cego perde o caminho,
Anda perdido em duas direções
Primeiro, ele extrema
Para santificar o ser amado,
Por isso não o toca
Segundo, ele também extrema
Para profanar o ser amado,
Esgota e deixa carente
O sexo, também, cego caminha
Errante em suas direções
Primeiro, ele consome indiscriminadamente,
Seja quem for
Segundo, ele adoece
Sem conseguir alimentar o ser passivo
Que o espera
O triste fim é quando ambos
Seguem seus caminhos
E nunca acordam.
A beira do túmulo
O sexo entende,
Que precisava do amor.
Da mesma forma o amor entende,
Que precisava do sexo, para coexistir
O sexo não tem sentimento,
Por isso não se arrepende.
Ele tem razão aqui
E age sem razão ali,
Como instável que é
Só a beira da morte
Pode se conscientizar.
O amor é o sentimento,
Por isso se arrepende
Em profunda humilhação
Implora ao sexo sua existência.
Mesmo perto da morte
Encontra a vida
Ai se entende,
Que o amor e o sexo temporário,
Juntos, é paixão, é excitação
Amor com sexo de menos
É fanatismo, é idolatria, é doença
Amor e sexo na mesma proporção
É gargalhar, é chorar, é sonhar
De Deus, Amor e sexo juntos,
É a perfeita engenharia.
Com amor se uni
E com sexo se procria.