O CORAÇÃO DE UM POETA
O meu coração comparo a um vulcão.
Existem tempos de deitar larvas
flamejante sobre a carne, deixando-a
sangrando, trêmula, em carne nua, crua.
Vezes é análogo a uma avenida
cheia de pessoas, buzinadas e burburinhos,
Calçadas pisoteadas.
Vezes, parecido com uma viela
desconhecido ao grande público.
Existem dentro dele medo,
Obscuros segredos
Que não me atrevo revelar nem
a mim mesmo.
E mais que tudo isso, existe dentro dele
Uma paixão ensurdecedora, insana
Que salta do peito e rola pelo chão, cama
Transbordando de soberba nos meus lábios.