Primeiro Amor
O corpo pronto trouxe a liberdade
ao eco dos mistérios.
Nos gestos cegos
gritou a pele a turbulência do sangue
a saliva.
Galopava o coração o medo de morrer
a ousadia
e a alma, sujeita a tudo, ardia
na carne apaziguada.
Amar era doce.
Amar doía.
Era como beijar cardos e sangrar sorrisos.
Eu crescia.