REVÉS

Na angustia de uma saudade

e ainda que minha alma peça paz,

tento ludibriar a razão

para poder te encontrar, te olhar

e assim, amenizar o meu caminhar

nesta sofrida senda, onde vivo lembrando

como foi bom te amar .

Mas a dor que só maltrata não

deixa o teu nome clamar,

quando é tamanha a vontade

de morder os teus lábios na

volúpia dos meus desejos...

A realidade de meu silêncio

indica que estou sozinho,

convivendo intimamente com um

passado de coisas mortas.

Irresistível indolência,

total insensibilidade,

inebriante momento sempre

determinando que eu viva

com a solidão, somente..

Horrível revés hoje amontoado

na prateleira do empoeirado deserto

de minha vida, onde nada vejo

a não ser a mim mesmo

ou, quando o abismo profundo

permite ver a

ruína do que restou...

Wil
Enviado por Wil em 02/06/2007
Código do texto: T511459