O Nada Por Tudo
Sei que posso estar meio atordoado
Meu medo e anseios estão descontrolados
E o topo de tudo parece estar tão longe,
Mas me vejo como o vento
Que sobe ladeira acima
Onde as pontes querem me derrubar.
Pobres criaturas inanimadas
Não ultrapassam as barreiras dos meus pensamentos
E somem...
Dissolvem-se num segundo
Num instante em que me pego sorrindo
Da tranquila noite que me condena
Sua tranquilidade pacifica-me,
Mas a paz enfurece.
Empreendo a fúria no vazio
Enquanto tudo que já não espera
De mim não consegue nada
E o nada por tudo
Não consegue o nada
Não consegue o tudo
Ou conquista o nada
E esquece-se do tudo
Arrisco a cortar a veia
Que pulsa em seu mistério
O coração que acelera
Bombeia a vida sem sentido
E o jorro do sangue escondido
Disfarça a dor de quem ama
Sem ser amado